Paraná dispara em emplacamentos após redução do IPVA

Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Agora é lei ( nº 22.645/2025 ): o Paraná tem o menor IPVA do Brasil. A nova alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores foi reduzida de 3,5% para 1,9% do valor venal de automóveis, motocicletas e caminhonetes nesta terça-feira (23) após a sanção pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em Curitiba. A medida beneficia cerca de 3,4 milhões de proprietários de veículos em todo o Estado, que pagarão 45% a menos de imposto anualmente.
“Essa é a maior redução de IPVA do Brasil e faz do Paraná o Estado com a menor alíquota do País. Esse dinheiro que deixa de ir para o imposto vai aliviar o bolso das famílias e circular na economia dos municípios. Vai ajudar no pagamento do IPTU, do material escolar, de uma prestação da casa, de uma viagem em família, das compras no mercado, no açougue ou na mercearia. É um benefício direto para a população e que movimenta os setores produtivos”, afirmou Ratinho Junior.
Atualmente, a frota tributada do Paraná é de 4,1 milhões de veículos, sendo que 3,4 milhões deles serão beneficiados com a redução – ou seja, quase 83% do total. Entre os veículos contemplados estão automóveis, motocicletas acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, ciclomotores, motonetas, utilitários, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores. Os automóveis representam o maior grupo, com mais de 2,5 milhões de unidades. Em seguida, aparecem motocicletas (268,7 mil), caminhonetes (244,7 mil) e camionetas (225,1 mil).
Para se ter uma ideia do impacto, o proprietário de um carro avaliado em R$ 50 mil, que pagava R$ 1.750 de imposto, pagará apenas R$ 950 em 2026. De acordo com a Receita Estadual, mais de 68% da frota tributada do Paraná se enquadra nessa faixa de valor. Pegando o estado catarinense para comparação, onde o IPVA é de 2%, o imposto ficaria em R$ 1.000, enquanto que o carro emplacado em São Paulo teria de arcar R$ 2.000 por causa da alíquota de 4%.
A alíquota diferenciada não altera a cobrança para veículos especiais, como ônibus, caminhões, utilitários de carga, veículos de aluguel ou movidos a gás natural veicular (GNV), que permanecem tributados em apenas 1%. Além disso, a lei mantém a isenção de IPVA para motocicletas de até 170 cilindradas, sancionada pelo governador em dezembro de 2024.
O cálculo do IPVA continua a ser feito sobre o valor venal dos veículos, estabelecido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a partir de uma análise regional dos preços praticados no Estado, cuja divulgação dos valores é feita sempre no final de cada ano. No site do Governo do Paraná, é possível simular a aplicação dos novos valores a serem pagos em 2026.
O número de veículos emplacados no Paraná cresceu 34,2% nos dois meses seguintes ao anúncio da redução da alíquota do IPVA, em comparação com o mesmo período de 2024.
Desde 20 de agosto, mais de 77 mil novos veículos foram registrados no Estado, quase 20 mil a mais que no mesmo intervalo do ano anterior, segundo dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).
O aumento coincide com o anúncio feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em 20 de agosto, da redução da alíquota do imposto de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal dos veículos, o que colocou o Paraná com o menor IPVA do Brasil. A medida foi posteriormente consolidada com a sanção da Lei nº 22.645/2025, assinada em 23 de setembro, que garantiu o novo percentual a partir de janeiro de 2026.
Assim como para o Governo do Estado, o crescimento no número de emplacamentos já era previsto pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Paraná (Sindicovi-PR). Para a entidade, a expectativa de menor carga tributária a partir de 2026 já está estimulando a compra de veículos e o registro de novas frotas no Estado. O movimento deve se intensificar nos próximos meses, impactando positivamente o faturamento das concessionárias e a geração de empregos.
SETOR AUTOMOTIVO – De acordo com o Detran-PR, o aumento no número de emplacamentos demonstra a confiança dos consumidores e das empresas no ambiente econômico do Estado. Para o diretor-presidente da autarquia, Santin Roveda, a redução do IPVA reforça o dinamismo do setor e incentiva o empreendedorismo.
“Mais uma vez o Paraná sai na frente e serve de modelo para o Brasil. Já sentimos o impacto da redução do IPVA no aumento dos emplacamentos. Famílias que estavam adiando a compra do carro por planejamento financeiro agora têm o incentivo que faltava. Trabalhadores e estudantes também estão aproveitando as novas condições e pagando quase metade do valor de antes, com tudo mais fácil e acessível online”, afirmou Roveda.
A redução do IPVA beneficia cerca de 3,4 milhões de proprietários de veículos, o que representa quase 83% da frota no Paraná. O impacto é significativo: um carro avaliado em R$ 50 mil, que hoje paga R$ 1.750 de imposto, passará a pagar R$ 950 em 2026 — uma economia de R$ 800 por ano.
Mais de 68% da frota tributada no Estado se enquadra nessa faixa de valor. Com a nova alíquota, o Paraná passa a ter o IPVA mais baixo do País, à frente de estados como Santa Catarina (2%) e São Paulo (4%). A lei ainda mantém a isenção para motocicletas de até 170 cilindradas, implementada em 2024, que já beneficia mais de 732 mil proprietários, especialmente motoboys e entregadores.
EQUILÍBRIO FISCAL – O crescimento dos emplacamentos no Paraná demonstra que a redução do IPVA é uma medida sustentável do ponto de vista fiscal. O aumento na base de veículos registrados contribui diretamente para equilibrar a arrecadação estadual, compensando parte da redução de alíquota e garantindo a manutenção da capacidade de investimento do Estado.
Para preservar esse equilíbrio, o Estado também implementou ajustes na legislação. A partir de 2026, a multa por atraso no pagamento do IPVA passará de 10% para 20%, mantendo-se a regra de cobrança diária de 0,33% ao dia, acrescida dos juros da taxa Selic.
Confira a alíquota do IPVA em cada estado brasileiro:
- PR - 1,9%
- SC - 2%
- ES - 2%
- TO - 2%
- AC - 2%
- PE - 2,4%
- PB - 2,5%
- PA - 2,5%
- BA - 2,5%
- MA - 2% a 3%
- MT - 2% a 3%
- PI - 2,5% a 3%
- SE - 2,5% a 3%
- CE - 2,5% a 3,5%
- AL - 2,75% a 3,25%
- RR - 3%
- RO - 3%
- RS - 3%
- RN - 3%
- MS - 3%
- AP - 3%
- GO - 3% a 3,75%
- AM - 3% a 4%
- DF - 3,5%
- RJ - 4%
- MG - 4%
- SP - 4%
Fonte: TV Entre Rios com AEN

Foto: Ari Dias/AEN















