Operações com cães da PCPR ajudaram a tirar 5,7 toneladas de drogas de circulação em 2025

O Núcleo de Operações com Cães (NOC) da Polícia Civil do Paraná (PCPR) ajudou a retirar 5,7 toneladas de drogas de circulação no primeiro semestre do ano, causando um prejuízo de R$ 61,3 milhões ao tráfico. Nesse período a unidade esteve presente em 382 ocorrências – uma média de duas ações diárias – que resultaram na prisão de 231 pessoas envolvidas em crimes.
O NOC, pertencente à Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), possui cães de faro treinados para detectar drogas, armas e munições. As seis unidades do NOC estão distribuídas entre Curitiba, Pato Branco, Cascavel, Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu. Todas elas são equipadas com viaturas adaptadas para o transporte dos animais, o que permite que eles prestem apoio a operações policiais em todo o Paraná. Atualmente, 15 cães compõem o efetivo, entre eles estão os K9 Faruk e Becky.
“Completamos 14 anos de atuação do NOC e o binômio – policial e cão – tem se mostrado um excelente instrumento para as operações policiais. Com eles, conseguimos reduzir o tempo de exposição dos agentes a ambientes hostis e também aumentar a eficácia das buscas, pois conseguem localizar itens ilícitos onde quer que estejam escondidos”, destacou a delegada-chefe da Denarc, Ana Cristina Ferreira.
O cão Faruk atuou na localização da segunda maior carga de haxixe já apreendida no País e a maior do Paraná. Durante uma fiscalização de rotina, seu faro apurado indicou um caminhão no qual estavam escondidos mais de 700 quilos da droga, avaliada em R$ 50 milhões. A ação foi registrada em 1º de junho, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Já Becky foi responsável por encontrar, no mês de abril, 2,5 quilos de skunk que estavam escondidos em um carro apreendido no pátio da delegacia de Clevelândia. A droga não havia sido localizada durante a apreensão, mas o cão de faro, mesmo em um momento de folga, identificou que o ilícito estava ocultado sob os paralamas do veículo.
Somente este ano, 4,9 toneladas de maconha, avaliadas em R$ 9,9 milhões foram apreendidas pelo Núcleo. O montante já é 128% maior do que o registrado durante todo o ano passado, quando a unidade apreendeu 2,1 toneladas da droga. Entre as drogas sintéticas, o ecstasy foi a mais localizada pelos cães. Até o mês de junho, eles ajudaram a tirar de circulação 3.127 unidades do entorpecente no Paraná, 433% a mais do que o mesmo período do ano passado, quando 586 unidades foram apreendidas.
No primeiro semestre, os cães do NOC também foram responsáveis por localizar 18 armas e 396 munições, além de R$ 335 mil em dinheiro. O valor já ultrapassa em 20% o montante total apreendido em 2024 (R$ 279 mil). A apreensão destes valores e montantes de drogas representam duros golpes no crime organizado. “A Denarc tem como um de seus objetivos a descapitalização das organizações criminosas entendendo que a ausência de recursos financeiros diminui seu poder de atuação em atividades ilícitas”, afirma a delegada.
Os resultados são reflexo da atuação dedicada e do constante treinamento dos cães e seus condutores. Eles passam por aprimoramentos constantes que têm como base situações reais do dia a dia policial para que a atuação em operações seja rápida e precisa. A estimativa do NOC é que o cão leve em torno de cinco minutos para completar uma busca completa em uma residência de 50 metros quadrados, enquanto que uma equipe de quatro policiais levaria cerca de 30 minutos para executar a mesma ação.
FORMAÇÃO – Neste ano, o NOC promoveu o Curso de Operações Policiais com Cães, uma iniciativa inédita na PCPR. No início de julho, sete condutores concluíram a formação. Eles foram treinados em técnicas de detecção de drogas, armas e munições, localização de pessoas desaparecidas, captura de indivíduos, detecção de restos mortais e intervenções de menor potencial ofensivo com uso de cães em variados cenários operacionais.
Outra iniciativa inédita de 2025 foi a parceria com o Grupamento de Operações Aéreas (GOA) da PCPR. Desde março, as duas equipes têm feito treinamentos conjuntos para ambientação dos cães e condutores nas aeronaves. O objetivo é estabelecer um procedimento operacional padrão para o transporte dos cães de faro em helicópteros, reduzindo o tempo de resposta a ocorrências.
Para os próximos anos, a delegada-chefe da Denarc tem perspectivas positivas. “Queremos seguir fortalecendo a atividade de cinotecnia em nossa instituição com a participação em operações e atividades de formação que possibilitem ampliar e qualificar a capacidade de resposta”, complementa.
Fonte: Portal Terra das Águas com AEN