Jovem de 22 anos morre após exame de tomografia com contraste

Morreu em Lontras, no Alto Vale do Itajaí, a jovem Letícia Paul, de 22 anos, após sofrer um choque anafilático durante a realização de um exame de tomografia com contraste.
Segundo informações compartilhadas por familiares e veículos locais, a jovem apresentou complicações graves logo após a aplicação da substância utilizada no exame. Ela chegou a ser internada em estado crítico, mas não resistiu.
Filha do empresário Reni Humberto Paul, Letícia completaria 23 anos no próximo dia 2 de setembro. Ela era formada em Direito e fazia pós-graduação em Direito e Negócios Imobiliários.
A notícia causou grande comoção em Lontras e em toda a região do Alto Vale. Amigos, familiares e colegas de profissão usaram as redes sociais para prestar homenagens e mensagens de apoio à família.
O corpo de Letícia está sendo velado na Casa Mortuária Jardim Primavera, em Rio do Sul, até as 11h30 desta quinta-feira (21). Em seguida, seguirá para cremação no Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú.
👉 A morte precoce da jovem gerou debate também sobre os riscos de reações alérgicas graves em exames com contraste, que embora raras, podem ser fatais.
Entenda o caso
Segundo familiares, Letícia passou mal logo após a aplicação da substância usada no exame. Trata-se do meio de contraste iodado, injetado na veia para permitir que órgãos e tecidos fiquem mais visíveis na tomografia. Esse recurso é amplamente usado na medicina e, na maioria das vezes, é seguro. Mas em situações raras pode provocar reações graves.
No caso de Letícia, a reação foi intensa e rápida, configurando o chamado choque anafilático, uma resposta alérgica aguda do organismo. Apesar do atendimento médico, ela não resistiu às complicações.
Como o choque anafilático acontece
O choque anafilático ocorre quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a uma substância, liberando grandes quantidades de histamina. Isso provoca:
• Queda brusca da pressão arterial
• Dificuldade para respirar (por inchaço das vias aéreas)
• Taquicardia
• Inchaço e vermelhidão pelo corpo
É uma emergência médica que exige intervenção imediata, geralmente com a aplicação de adrenalina, oxigênio e suporte intensivo. Mesmo com socorro rápido, em alguns casos a reação pode ser fatal.
Qual o risco real
De acordo com estudos médicos, as reações graves ao contraste iodado são muito raras, variando de 1 a cada 5 mil ou 1 a cada 10 mil exames. A maioria das pessoas apresenta apenas sintomas leves, como calor, náusea ou coceira. Porém, quando acontece uma reação anafilática, a evolução pode ser rápida, como ocorreu com Letícia.
Por isso, hospitais e clínicas mantêm protocolos de segurança e equipes preparadas para agir nesses casos. Ainda assim, existem situações em que a resposta do organismo é tão intensa que mesmo o atendimento imediato não consegue reverter.
Quem tem mais risco
Os fatores que aumentam a chance de complicações incluem:
• Histórico de alergias graves
• Asma ou problemas respiratórios
• Reações anteriores a contraste
• Uso de certos medicamentos
Nesses casos, muitas vezes o médico pode optar por outro tipo de exame ou preparar o paciente com medicação preventiva.
Fonte: TV Terra das Águas com Jornal Razão