Ciclone extratropical no Rio Grande do Sul traz tempestades ao Paraná nesta semana

8 de dezembro de 2025

 Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN

Uma área de baixa pressão que segue da Argentina e do Paraguai na direção do Rio Grande do Sul se intensifica e dará origem, nesta segunda-feira (08), a um ciclone extratropical. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), mesmo não alcançando o Paraná, o ciclone mudará as condições do tempo no Estado, favorecendo a ocorrência de tempestades em várias regiões paranaenses até quarta-feira (10). 


O Boletim de Gestão de Riscos feito pelo Simepar em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil aponta que, nesta segunda-feira, o risco é alto nas regiões Oeste, Noroeste e no oeste da região Norte (próximo a Maringá), para para chuva pontualmente intensa em curto espaço de tempo e tempestades localizadas, acompanhadas de rajadas de vento em superfície e precipitação de granizo. 


O risco é baixo no Leste, e moderado nas outras regiões do Estado, que poderão registrar pancadas de chuva localmente intensas durante a tarde (principalmente no Norte, Campos Gerais e Centro-Sul). Apesar das instabilidades, a sensação de abafamento segue como nos últimos dias, que vem registrando temperaturas acima de 30°C em várias cidades.


Algumas estações meteorológicas do Simepar registraram a temperatura mais alta de 2025 até o momento, neste domingo (07). Elas ficam em Cândido de Abreu (38,6 °C), Palmas (31,8 °C), Distrito de Horizonte, também em Palmas (28,8 °C), Pinhais (34,2 °C), e União da Vitória (33,7 °C).

CHUVAS E VENTOS – Os maiores impactos do ciclone extratropical, entretanto, são esperados apenas para terça-feira (09), quando ele originará uma frente fria que vai atravessar o Paraná com temporais previstos em todo o estado, trazendo chuvas fortes, raios e riscos de granizo. “Pela manhã, os temporais começam no Oeste do Paraná, se deslocando em direção ao Leste ao longo do dia. As rajadas de vento devem se intensificar, podendo superar os 70 km/h”, ressalta Bianca de Angelo, meteorologista do Simepar. 


O mapa do Boletim de Gestão de Riscos para terça-feira indica que as regiões Norte e Leste estão em risco alto para acumulados de chuva pontualmente acima dos 100 mm. No extremo Noroeste o risco é baixo, e no resto do Estado o risco é moderado.


Na quarta (10), a condição do tempo muda. O Paraná terá menores acumulados de chuva, e mais vento. “O ciclone vai se deslocar para o oceano, e os modelos indicam a possibilidade de transição do sistema para um ciclone subtropical. Com isso, os maiores volumes de chuva ficam concentrados próximos ao centro do sistema, que já estará bem afastado do Paraná, reduzindo assim os riscos associados. Mesmo assim, pancadas rápidas e isoladas podem ocorrer em todo o Estado”, afirma Bianca.


As rajadas de vento serão o destaque de quarta-feira, principalmente no Leste, onde o risco é alto para que, pontualmente, superem os 80 km/h. No Sul e nos Campos Gerais o risco é moderado, com rajadas de vento na faixa dos 60 km/h. Não há risco no extremo Noroeste e no resto do Estado, o risco é baixo para rajadas de vento acima de 50km/h.


Na quinta-feira (11), a intensidade do ciclone diminui significativamente. “A previsão é de pancadas rápidas de chuva no Oeste, mas o sol deve predominar na maior parte do Estado. As rajadas de vento perdem força. Apenas a região litorânea ainda pode registrar ventos de até 60 km/h”, explica Bianca. Na sexta-feira (12), o ciclone não terá mais influência sobre o tempo no Paraná, mas um novo sistema de baixa pressão se forma sobre o Paraguai, favorecendo novamente a formação de temporais isolados, que também podem ser pontualmente intensos no Oeste do Estado. 


O Simepar segue monitorando as condições do tempo e orienta a população a acompanhar os alertas emitidos pela Defesa Civil. Basta enviar um SMS para o telefone 40199 com o CEP de sua residência, para receber as informações.


👉 Veja abaixo dicas de como se proteger. 

⛈️ Previsão do tempo por região para o Paraná

  • Segunda-feira, 8 de dezembro

💡Dicas de como se proteger em tempestades ⛈️

A Defesa Civil do Paraná disponibiliza algumas dicas de como se proteger em temporais. Veja abaixo:


Vendavais


  • Procure um abrigo o mais rápido possível, e não saia até que o vendaval pare;


  • Se notar o risco de desabamento do telhado, saia do local e comunique o risco, inclusive às autoridades;


  • Revise a resistência de sua casa, principalmente o madeiramento de apoio do telhado e a amarração das telhas no madeiramento, se tiver;


  • Guarda-chuvas podem atrapalhar o deslocamento, evite utilizar estes materiais ao se locomover em ventos fortes;


  • Não se abrigue embaixo de árvores ou coberturas metálicas frágeis, elas podem cair e causar ferimentos;


  • Se precisar se deslocar, diminua ao máximo seu atrito com o vento;


  • No carro, se possível, estacione o veículo em local seguro e espere o vento forte passar;


  • Se necessário, e possível, entre em uma edificação;


  • Não estacione o carro próximo a torres de transmissão e placas de propagandas;


  • Se não for possível estacionar, diminua a velocidade e procure um local seguro para estacionar assim que possível, pois o vento pode desestabilizar a direção do veículo.


Queda de granizo


  • Permaneça abrigado e não saia até que a chuva de granizo pare;


  • Em hipótese alguma suba em telhados molhados. Os reparos devem ser feitos por pessoal especializado e com segurança para evitar quedas;


  • Se notar o risco de desabamento do telhado, saia do local e comunique o risco, inclusive às autoridades;


  • Fique atento à ocorrência de trovoadas e evite estar sobre ou próximo a estruturas metálicas;


  • Cuidado ao se deslocar, pois o granizo deixa o piso escorregadio, podendo causar quedas;


  • Se possível, estacione o veículo em local seguro e espere a chuva de granizo passar;


  • Não estacione o carro próximo a torres de transmissão e placas de propagandas;


  • Permaneça dentro do veículo até o término da queda de granizo, e, se houver algum papelão no carro, use-o para forrar o para-brisa por dentro, evitando que, em caso de quebra, os cacos possam atingir os ocupantes.


Alagamentos


  • Não deixe crianças brincarem nas águas de inundações, alagamentos e enxurradas. Além de vários perigos, elas poderão estar contaminadas;


  • Caso perceba que o volume de água está subindo, ameaçando seus bens, ponha-os a salvo, elevando-os. Mas atenção! Somente faça isso se não houver riscos;


  • Se, por algum motivo, ficar ilhado, ligue 193 – Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil pelo 199;


  • Proteja-se em locais elevados até a água baixar;


  • Fique atento às informações das rádios;


  • Estando em veículo, se possível, estacione em um local elevado e espere a água baixar;


  • Não fique próximo a caminhões ou ônibus. Veículos de grande porte provocam ondas que podem alagar o seu carro e fazer com que perca o controle da direção;


  • Não pare o carro próximo a árvores ou postes.


Outra dica é evitar atravessar áreas alagadas. A Defesa Civil destaca que, se for muito necessário, deve-se atentar para o seguinte:


  • Não tente atravessar vias com água acima da metade da roda (observe outros carros) e mantenha sempre a rota da rua sem fazer desvios, evitando buracos escondidos na margem;


  • Ande em 1° marcha e devagar sem jamais trocar de marcha dentro d’água, mantendo a aceleração constante, por volta dos 2.500 giros, para evitar que entre água pelo escapamento e o carro apague;


  • Mantenha distância do carro da frente, pois, se o mesmo apagar, você tem a opção de fazer uma rota alternativa;


  • Se o carro morrer, não tente fazê-lo pegar. Solicite ajuda e, se possível, retire-o do local onde está parado, para que a água não entre no veículo causando panes;


  • Se não houver como movê-lo, não espere dentro do carro o volume de água diminuir, pois, na maioria das vezes, a tendência é aumentar e você poderá ficar preso ao veículo, sem poder sair. Veja a maneira mais segura de fazê-lo, se necessário aguarde por socorro sobre o carro;


  • Tente estacionar em regiões mais altas. Se o nível da água atingir o batente inferior da porta é hora de abandonar o veículo. Com água acima das rodas, o carro começa a boiar e fica sem controle. Se alcançar as janelas, ocorre o bloqueio das portas, impedindo a saída e dificultando o resgate;


  • Se não for possível abandoná-lo, chame por socorro (ligue 193 ou 199) e aguarde no teto do veículo.


Fonte: Portal Terra das Águas com AEN e Simepar


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